segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Lá no fundo da gente
Moram as coisas que pensamos e não dizemos.
Que não tem palavras para descrever
Lá no fundo, a gente é criança
Brinca de carro
Arruma a casinha
As coisas tomam outras proporções
Mais no tamanho
Que na concretude material dos objetos
Lá no fundo, a gente continua buscando
A procura do amigo
Dos tantos amigos que a gente tem na infância
e quando os dedos deixam de se esticar
já não temos mais tantos companheiros para contar
Lá no fundo a gente se perde,
só pra tentar se reencontrar
Passamos a vida querendo mais, mais e mais
E lá no fundo o eu mais intimo dorme, silencioso
O maior segredo...
muitas vezes não é descoberto
Érica Alcântara
4/1/2010