segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Todo mundo deve saber

Foto: www.focojornalistico.com.br

Quando pensamos que já vimos os melhores filmes, sempre vêm alguém e diz: "Você precisa assistir esse aqui". Que bom que isso acontece. No meu caso, o frequente usuário desta frase chama-se Gerson, ou melhor, Lico, como todos o conhece.

Há umas duas semanas ele trouxe o "Ninguém pode saber" (Dare mo Shiranai / Noboby Knows / 2004.) , um filme japonês, vencedor do Festival de Cannes de 2004. Assim que pude, assisti a essa obra prima. O filme retrata o silêncio das almas japonesas, que, mesmo em estado de calamidade, não se abstém das "regras" vigentes. Mais do que isso, retrata a inocência e a insegurança de uma criança que se vê responsável por mais outras três. Líndissima atuação de Akira( Yuya Yagira) e a beleza de Yuki (Momoko Shimizu), emociona.

Esse filme, me atrevo a comparar com Babel. Cada um vive um inferno particular, não digo o das crianças que não sabem se defender, mas das pessoas, que viam quatro seres abandonados fazerem sua vida.

Sinceramente, causa uma dor muito grande assitir esse filme. Primeiro porque foi baseado em uma história verídica e segundo porque vemos o quanto nossa vida é boa. Eu odeio essa frase, mas fazer o quê? É um tapa na cara.

Bom, enquanto vivemos num país tolerante demais, outros vivem em situação oposta. Se a história tivesse ocorrido no Brasil, a família, talvez, tivesse um final diferente, ou mais tênue....ou mais mascarado. O abandono, em sim, está em todas as nações, mas o abandono físico traz sequelas terríveis e é aí que a compaixão do brasileiro faria a diferença.

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